Se o mundo fosse uma grande bola de neve derreteria em minhas mãos em um segundo. Não pelo calor das palmas, mas pela pequeníssima grandeza da esfera. Desde que o mundo gira, o tempo opta. E o tempo topa com o topo do mundo girante. Como se ainda bastasse passar.
Essa ardência me cabe e me emana. Me rasga a pele. Me arde insana. Proíbo-te de proibir-me. Entorpece-me o encanto.
Leito manso em regaço híbrido. Marejar de pensamentos. São é o sentir infame dos muitos a inflamar.
Tempos de remotos vãos. Devaneios.
Vão sem vela os barcos a motor. Vão inerte entre o braço e o tambor.
Bate coração que o tempo não espera a volta ao mundo! Não a volta inteira. O mundo a terçar no tempo que intervém no mundo a rodopiar. Devaneia de mansinho e mudo que o tempo escuro há de ocultar o mundo do obscuro mundo a devanear. Peripécias de prosador.
Invente um tanto que aumente um ponto, sem negligência. Inteligência é para guardar. O tempo interage vil. Além do fogo queimante, não há o que esperar. O giro contínuo e tênue tem quatro extremos em cada mil. Vagante sereno e veemente, o quanto aumente tentar amar. Se queima o fátuo se arma em ato o devanear. Assim acaba o espetáculo.
E o mundo que se exploda!
Renata Gabriel
14/11/2008
sábado, 15 de novembro de 2008
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