quinta-feira, 9 de outubro de 2008

RECORTE

Eu trago a questão do EU quando eu não sou mais eu e sim o outro.

O que você está pensando?

Não existe controle.

E o que muda quando algo muda?

Encontro de corpos tortos
Entranhados na estranheza
Dum coletivo individual
Um único corpo
Num corpo dividido

Como eu falo algo que eu não posso falar?

Quando todos são tudo
E o todo nada
Tudo é pouco

O coletivo não é caótico e turbulento sempre
Às vezes é excesso, mas não só
O vazio é preenchido de si
Para que todos nós estejamos, mesmo quando não estamos

Teatro é um recorte
Do que não está pronto.


Renata Gabriel
09/10/2008

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